O Departamento de Justiça americano, de olho na possível criação de um monopólio livreiro, abriu um inquérito para investigar o tal “acordo revolucionário” – acerto que a empresa está fazendo com editoras e autores para a reprodução de livros ou trechos de livros no Google Books. As investigações teriam partido de protestos de representantes de organizações como a Internet Archive (uma biblioteca virtual sem fins lucrativos que desde 1996 disponibiliza gratuitamente 150 milhões de páginas web) e a Consumer Watchdog (uma das principais organizações de defesa dos consumidores nos Estados Unidos), que se opõem ao acordo.
Quase ao mesmo tempo, o Google divulgava os detalhes de sua mais recente novidade no mundo tecnológico: o registro da patente 750897, que diz respeito a um poderoso scanner. Lançando mão de técnicas como raios infravermelhos, o novo equipamento escaneia textos com velocidade e qualidade muito maiores do que os convencionais, e seria um importante aliado para o projeto da empresa de criar o maior acervo de livros digitais do planeta – para o qual o “acordo revolucionário” é tão importante.
O acordo tem causado polêmica entre editoras e escritores de diferentes países. Além das manifestações de repúdio da Internet Archive e da Consumer Watchdog, a Federação de Editores da Espanha manifestou, recentemente, sua discordância diante da proposta. Na Europa e na América Latina, escritores têm apoiado ou criticado, em seus blogs, a iniciativa do Google. No Peru, o escritor Iván Thays, finalista do Prêmio Herralde de 2008, incitou em seu blog autores do mundo todo a recusarem o acordo com o buscador – isso apesar de ser ele próprio um defensor ferrenho do formato digital de livros.
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